Tela dividida mostrando lado de código e lado de design em um estúdio moderno

O termo “vibe coding” apareceu com força em 2025 e eu senti a movimentação de perto. Nas minhas rotinas de pesquisa (e também em discussões entre amigos de profissão), observei a popularidade crescendo, muito influenciada pelas publicações de Andrej Karpathy. Desenvolvedores logo aderiram ao conceito, usando ferramentas como Cursor para experimentar fluxos de trabalho guiados por inteligência artificial. Não levou muito tempo para usuários sem bagagem técnica entrarem nessa onda com plataformas intuitivas de automação, como Lovable, mostrando que a lógica do “prompt, código, preview” conquistou diferentes nichos.

Mas há um porém. Quando tentei aplicar o mesmo fluxo ao design de produtos digitais, logo percebi alguns bloqueios. O pensamento linear do vibe coding funcionava, mas sentia falta da experimentação livre típica do design. E é nessa ausência que surge o conceito de “vibe designing”. Ele propõe unir os melhores aspectos do coding por IA com a liberdade criativa do design, criando pontes produtivas para quem atua em ambientes internacionais de alta demanda, como buscamos inspirar aqui no Designer na Gringa.

Onde o vibe coding tropeça para designers?

Antes de detalhar, notei que, enquanto o termo “vibe coding” já ganha picos evidentes no Google Trends, “vibe designing” ainda é um movimento discreto, restrito a conversas de bastidores e artigos de referência como este. Isso mostra que estamos realmente num espaço em construção. Mas vamos aos limites concretos que vivi e testei no dia a dia, e às soluções que encontrei.

Quais as cinco principais lacunas?

Listei abaixo os cinco desafios que mais notei ao tentar adaptar lógica do vibe coding ao mundo do design. Após cada ponto, compartilho caminhos práticos, extraídos de minha experiência trabalhando para clientes internacionais e mentorando designers em formação no Designer na Gringa. Observe como cada solução pode ser testada em projetos reais.

1. Limitação para acompanhar iterações e variações

Explorar múltiplas trilhas de criação em ambientes de vibe coding pode rapidamente se tornar caótico. Ferramentas tradicionais focadas em código não organizam visualmente as variações. Quando tentei mostrar três versões distintas de uma interface, em poucos minutos estava perdido em guias e abas. Faltava clareza.

Comparação visual direta faz diferença.

Recentemente, testei o Canvas do Magic Patterns, que oferece um quadro branco interativo, incorporando a lógica visual de ferramentas como FigJam. Posso posicionar protótipos, comparar versões lado a lado e colher feedbacks rápidos, tudo sem perder histórico das ideias. Para designers, este tipo de organização visual ajuda a manter o controle das iterações sem perder o fio da criatividade.

2. Dificuldade de estimular o pensamento divergente

No vibe coding clássico, o sistema espera um prompt e entrega uma solução. Mas a essência do design é experimentar. Eu, por exemplo, sempre quero gerar ideias inusitadas antes de escolher uma direção. Notei que poucas ferramentas ajudam nesse processo divergente.

O comando /inspiration do Magic Patterns mudou meu cenário. A partir de um único prompt, ele cria múltiplas opções. Selecionei as que mais gostei, refinei as instruções, e em pouco tempo tinha seis alternativas sólidas para decidir junto com o time.

Variações de projetos geradas por IA em quadro branco interativo

Estímulo ao pensamento divergente exige gerar, comparar e escolher entre várias direções de forma direta e visual.

3. Falta de recursos para combinar ideias diferentes

Outro problema recorrente: os sistemas costumam pedir que você escolha uma variação e siga com ela, fechando portas para mesclar partes boas de diferentes propostas. Em minhas mentorias, sempre incentivava os designers a construir soluções híbridas.

O Subframe ajudou: ele permite combinar pedaços de alternativas distintas usando drag-and-drop, gerando novas soluções. Num projeto de dashboard, misturei header de uma opção, sidebar de outra, e finalizei com o rodapé que mais agradava o cliente.

Protótipos de interface sendo combinados por arrastar e soltar

Essa mistura é essencial, especialmente quando cada parte de um projeto traz contribuições valiosas. Recomendo testar para projetos colaborativos.

4. Pouca flexibilidade para edição manual após a geração

Geradores automáticos aceleram o início dos projetos, mas, na prática, sempre ajusto detalhes manualmente. O maior problema que vi é a dificuldade de passar do modo IA para a edição humana sem perder interatividade.

Hoje, costumo exportar resultados do Magic Patterns para o Figma, onde refino bordas, fontes e microinterações. Com o Subframe, também alterno entre ajustes automáticos e manuais. Ao migrar, pode haver perda de pequenas interações, mas nada que a boa prática não supere.

Mixar geração por IA e toque humano é o segredo para qualidade final.

5. Falta de clareza no início do processo criativo

Prompt mal definido = muito retrabalho.

No começo, gastava tempo ajustando instruções, sem saber exatamente que resultado queria. Percebi que a definição clara do objetivo elimina refações. Recomendo criar assistentes personalizados com GPTs, que ajudem a organizar ideias, necessidades e referências antes de enviar prompts aos sistemas. Isso pode ser um divisor de águas para equipes que trabalham de forma remota e multicultural, como grande parte dos leitores do Designer na Gringa.

Como soluções se aplicam no cotidiano do designer?

Recentemente, auxiliei um designer que atuava em projetos internacionais e buscava aumentar a diversidade visual de suas entregas. Ele relatava justamente essa dificuldade de perder o controle sobre as variações e não conseguir “misturar” ideias. Sugerimos então o uso do Canvas do Magic Patterns em paralelo ao Subframe. O processo ficou assim:

  • Gerou três opções com /inspiration.
  • Organizou as opções no Canvas para comparação visual.
  • Usou Subframe para misturar os melhores elementos de cada variação.
  • Exportou o resultado para Figma para ajustar detalhes finos.

Em menos de duas horas, o resultado já fazia sentido para apresentar ao cliente europeu, com possibilidade de mostrar e justificar as escolhas, técnica que ensino em detalhes na seção de mentoria do Designer na Gringa.

Conversas que marcam e reconhecimento na comunidade

Dias atrás, num grupo de discussão, ouvi: “Só os designers mais experientes conseguem ir além do básico nessas ferramentas IA…”. Concordo parcialmente. Ainda existem barreiras, mas as evoluções já apontam para soluções melhores, principalmente para quem domina o processo criativo e busca atuar no mercado internacional (conheça os detalhes de internacionalização no blog).

Experimentação é enquanto não houver coedição, seguir melhorando sozinho.

Hoje, as ferramentas não trazem coedição em tempo real. Isso limita o fluxo colaborativo, principalmente em grandes projetos distribuídos. Talvez essa seja uma das próximas fronteiras a serem vencidas. Até lá, meu conselho é usar o Canvas, criar assistentes personalizados e colaborar via sistemas paralelos, documentando tudo: uma prática que abordo com frequência na sessão de carreira do Designer na Gringa.

Conclusão: O equilíbrio está em adaptar processos

Minha experiência mostra que “vibe designing” é um convite a combinar ferramentas poderosas de IA com processos não-lineares, colocando sempre a criatividade no centro. Para designers que querem crescer internacionalmente, adaptar-se é o caminho. Se quiser saber mais sobre mentorias, masterclasses ou conteúdos práticos, conheça as trilhas no Designer na Gringa e veja dicas detalhadas aplicadas em projetos reais aqui.

Perguntas frequentes sobre Vibe Coding e Vibe Designing

O que é o Vibe Coding?

Vibe Coding é um termo que descreve o fluxo de trabalho guiado por IA onde o usuário envia um prompt e recebe automaticamente um código funcional ou protótipo, geralmente em processo linear. Foi popularizado em 2025, principalmente por desenvolvedores, e hoje já é comum para quem quer gerar projetos sem experiência técnica.

Qual a diferença entre Vibe Coding e Vibe Designing?

A diferença central está no fluxo de criação: o Vibe Coding segue uma linha mais linear e direta, enquanto o Vibe Designing valoriza processos criativos não-lineares, com espaço para experimentação, variação e misturas de ideias. O vibe designing adapta as vantagens do vibe coding para o contexto de design de produtos.

Quais os principais limites do Vibe Designing?

Os principais limites estão em: dificuldade para gerenciar variações, pouco estímulo ao pensamento divergente, ausência de recursos para misturar ideias, restrição para edição manual após a geração automática e falta de clareza ao iniciar projetos com prompts mal definidos.

Como superar limitações no Vibe Designing?

Utilizar quadros brancos interativos como o Canvas do Magic Patterns para organizar variações, comandos como /inspiration para gerar múltiplas ideias, ferramentas como o Subframe para misturar partes das variações, exportar para editores manuais como Figma e criar assistentes personalizados via GPTs para organizar ideias antes de prototipar.

Vale a pena aprender Vibe Coding?

Sim, vale a pena aprender, principalmente porque o Vibe Coding serve de base para integrar soluções automáticas ao dia a dia de quem trabalha com design, inclusive abrindo portas para atuação internacional. Ao dominar ambos os fluxos, designers ampliam seu repertório e encontram mais oportunidades.

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Guilherme

Sobre o Autor

Guilherme

Guilherme é especialista apaixonado pelo universo do design e criador do Designer na Gringa, um blog dedicado a orientar e capacitar designers de todas as áreas que desejam construir uma carreira internacional. Com vasto interesse em ajudar profissionais a conquistar oportunidades no exterior, Guilherme traz conteúdos práticos, masterclasses e mentorias específicas para designers que sonham em ganhar em dólar ou euro, ampliando horizontes e possibilidades no mercado global.

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